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“Tivemos que entrar com o time desconfigurado, muitas improvisações”, Marquinhos Santos em entrevista

13/05/2024 14:53

O técnico do América concedeu entrevista coletiva após o jogo contra o Santa Cruz e comentou a derrota sofrida e a quantidade de desfalques e de jogadores improvisados, confirmando a carência do elenco.

Uma derrota que sentimos, tivemos que entrar com o time desconfigurado, muitas improvisações e acabamos não fazendo um bom jogo. Nós tivemos que taticamente tentar controlar o jogo, equilibrar o jogo, fazer um jogo com potencial físico contra o Santa Cruz e eles tiveram mérito pelos gols marcados. Erramos em especial no primeiro gol que ficamos afundados dentro da área, depois mérito deles, e depois tentamos colocar um ímpeto maior mas não fizemos um bom jogo e foi uma derrota que saímos sim sentindo, uma derrota considerada mas que não pode valer mais que três pontos. É uma derrota que a gente sente, mas que é o momento que ainda pode perder, pra corrigir a rota, pra ver aquilo que já há algum tempo a gente sabe que se faz necessário, pra que se possa cada vez mais a gente continuar o trabalho e fortalecer ainda mais o grupo.

Ao ser perguntado sobre o “apagão” após o primeiro gol sofrido, Marquinhos Santos falou:

É lamentável pelo que se faz aqui, a postura como nós fomos tratados aqui, até mesmo as expulsões, a minha expulsão foi no momento que ia acontecer a substituição. Havia sido tiro de meta para o Santa Cruz, estava autorizado pelo quarto árbitro, o bandeira chamou o árbitro pelo rádio, foi ouvido isso, o Wenderson se deslocou daqui do lado esquerdo saindo pra fazer a substituição, aí ele autorizou o jogo correr, onde nós tomamos o gol pelo espaço. Foi onde eu cobrei o quarto árbitro, mas parece que cria-se uma questão local inacreditável. Não pela derrota, volto a dizer, foi mérito do Santa Cruz. Não fizemos um bom jogo, não competimos, sabemos disso, mas inacreditável as coisas que acontecem no extra campo.

O técnico também foi questionado sobre reforços:

A ausência de cinco ou seis que tínhamos hoje, nós tentamos encaixar um time competitivo, um time experiente e é claro que sente, como falei, muitas improvisações, nós perdemos dois laterais direitos, Buiú (Marcos Ytalo) e Norberto, colocamos o Rodriguinho que vem se preparando, vem atuando ali em alguns jogos mas nem sempre vai dar certo. Nem sempre eu vou ter carta na manga pra estar tirando a cada situação dessas. Sabemos das necessidades, já foi conversado há algum tempo, a diretoria está se movimentando, a SAF está se movimentando em relação a isso. Acho que foi visto, mas é o momento crucial pra que se possa trazer reforços pra que se possa qualificar ainda mais o elenco, aquilo que falava lá no final do estadual, pra aumentar a competitividade interna pra que se possa ter essa elevação, que é uma competição mais forte, e que se tenha mais opções pra que se desenhe taticamente a plataforma de jogo.

Marquinhos ainda comentou sobre o “extra campo” que atrapalhou o jogo, reclamou novamente do primeiro gol sofrido em partes por causa da substituição não autorizada pelo árbitro, e das expulsões. “Futebol tá chato, não podemos falar, não podemos trabalhar, não pode reclamar, toda hora sendo ameaçado, tá difícil, nós da beira do campo, tá difícil no jogo não pode falar da arbitragem, acho que tem que ter liberdade, uma situação que eles são donos da verdade. (…) O árbitro tá tomando conta do espetáculo onde os atletas tem que ser o espetáculo”.

Por último, o professor se solidarizou ao povo gaúcho:

Sou solidário ao povo gaúcho, trabalhei duas temporadas no Juventude e sei o quanto estão passando lá e no Rio Grande do Sul inteiro. Vimos a situação do Davis que a mãe perdeu a casa, a gente tem sentido isso na comissão, tem pessoas do Rio Grande do Sul e tem visto a dificuldade. Em um momento tão delicado, tão humano, um lado humanitário, a gente falar sobre futebol fica difícil. Como o atleta entra em campo sabendo que lá tá tendo a dificuldade? É triste, é lamentável, minha opinião é que é desumano, devia parar sim o futebol. Sei que tem a questão econômica, calendário, mas tem que equilibrar. Fica minha solidariedade ao povo gaúcho, é a minha opinião.

O técnico enfatizou que trata-se de opinião pessoal, e não é necessariamente a opinião do Clube América ou da SAF.

Veja a entrevista completa:

# Equipe J GP P
1 Treze 14 28 31
2 Iguatu 14 14 27
3 América 14 18 26
4 Atlético-CE 14 14 18
5 Sousa 14 12 18
6 Santa Cruz 14 17 16
7 Maracanã-CE 14 13 12
8 Potiguar 14 7 7