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Marquinhos Santos quer tempo para treinar conceitos de jogo

27/05/2024 16:13

Treinador concedeu entrevista, após o empate em 0 a 0 contra o Sousa: “A equipe na verdade agora tá precisando voltar a treinar os conceitos de jogo”.

O técnico Marquinhos Santos concedeu entrevista coletiva após o empate sem gols diante do Sousa-PB. Segundo o treinador, o time não teve tempo para trabalhar e treinar efetivamente. Ainda segundo ele, a viagem de Natal até Sousa/PB, durou cerca de 9 horas.

— Jogo difícil, jogo aqui é sempre difícil. Vale lembrar que o Red Bull não conseguiu vencer aqui e o Cruzeiro foi eliminado aqui (jogos válidos pela Copa do Brasil), tamanha dificuldade que se dá pelo campo, pela viagem, pela logística. Nós não tivemos tempo para trabalhar, para treinar efetivamente. Nós pouco recuperamos, porque foi uma viagem desgastante que se tornou 9 horas, pelo trânsito e pela questão da estrada.

Veja o vídeo completo da entrevista.

O jogo foi bastante fraco tecnicamente e pouco movimentado em termos de lances de perigo e gols. Mas na visão do técnico, os times procuraram o gol.

Durante a partida ficou um jogo aberto em que ambas as equipes procuraram o gol. Nós não viemos nos defender, como é a proposta do América, um time buscando a vitória.

O América novamente sofreu com lesões durante a partida. Ao todo, foram três substituições por lesão, além de duas por cansaço. Além disso, jogadores reservas também ficaram sem condições de jogar.

— Diante da dificuldade que nós tivemos com a perda do (Marquinhos) Pedroso, está no hospital agora, mas deva ter quebrado o nariz. Nós tivemos outras perdas no decorrer da partida que comprometeram até as mudanças táticas. Mas eu percebi que o time precisava de força, precisava mexer na frente, com a entrada do Henrique, que recuperou-se da virose o qual estava e não se fez presente no jogo do Corinthians, justamente por conta disso. O Ferrugem era uma opção que eu pensava em colocar, mas ele sentiu ontem no treinamento aqui em Sousa, não apresentava condições de entrar por sentir dor, por estar incomodando. E as mudanças que tiveram que ser feitas foram justamente para equilibrar a equipe e buscar a vitória, que não veio, mas por pouco também, nós tivemos oportunidade de vencer, ou criamos oportunidades — disse.

Marquinhos Santos comentou sobre o período que terá daqui pra frente para recuperar e treinar os jogadores, já que o América foi eliminado da Copa do Brasil, e não joga mais no meio de semana.

É de suma importância. O Rafinha infelizmente sentiu, vai ser reavaliado, vai ter que fazer uma nova avaliação, possa estar perdendo alguns jogos agora porque deve ter tido uma lesão e a gente tem que controlar, tem que cuidar. Não está fácil essa sequência de jogos, esse desgaste. Nós temos que procurar ter equilíbrio agora. Essa semana é importante, a partir de agora as semanas ficam mais abertas né, sem jogos no meio de semana, que favorecem. Acho que são duas semanas que nós teremos para recuperar e para treinar a equipe. A equipe, na verdade agora tá precisando voltar a treinar os conceitos de jogo, os equilíbrios táticos de jogo para continuar evoluindo, seguir essa evolução a qual tivemos, mas que precisamos treinar para que os conceitos já pré-estabelecidos sejam novamente firmados até com os atletas que chegaram para que se possa dar essa continuidade de trabalho, uma evolução dentro da competição que vai ser importante.

Marquinhos foi perguntado se está colaborando com as tentativas de contratação, se tem feito contatos diretos com possíveis alvos do América:

Nós temos conversado com atletas que têm sido menos aproveitados nas três divisões superiores à nossa e, até pela rodagem, por ter trabalhado com vários atletas. Alguns, como eu falei até na entrevista passada, não se mobilizaram a vir, e alguns estão já começando a aceitar a ideia, acreditar no projeto, acompanhar o time em duas, três rodadas, e você precisa mostrar aquilo que é.

E complementou:

— Então, os atletas têm conversado. Acho que tem situações aí que possam ser resolvidas durante a semana. É um trabalho junto, né. Eu faço a minha parte, eu indico alguns nomes, algumas situações, algumas posições.

Ainda sobre as lesões, o técnico falou do caso Rafinha, que pode ter tido uma lesão pior do que a que tinha acabado de se recuperar:

— A gente tem alguns atletas que se encontram no departamento médico, a gente procura recuperá-los. Esses atletas que estão no departamento médico são de suma importância e que se caracterizam até como reforço. O retorno deles é importante, assim como foi o Rafinha, que infelizmente, volto a dizer, nós podemos estar perdendo por mais jogos, porque hoje acredito que possa ter tido uma lesão um pouco maior no grau da lesão que ele teve. A gente precisa agora, cada vez mais, estar recuperando os atletas que lá estão no departamento médico. Se faz necessário recuperar aqueles que estão no elenco.

Veja outras respostas do técnico Marquinhos Santos:

Lesões e apoio da torcida

— Nós temos falado isso, mas acreditamos no elenco que temos. É claro que se faz necessário, sim, e muito bem colocado, agradecer ao torcedor. Foi de suma importância ver a presença do torcedor e sabemos que vieram dois a três ônibus direto de São Paulo com a torcida vindo nesse desgaste, não é fácil, então agradecer a torcida do América que tá acreditando, tá apoiando. É característico do torcedor do América, então a gente se sente mobilizado e cada vez mais motivado para entregar o melhor a eles. E durante o jogo, como foi bem colocado, foram quatro substituições por lesão, então nós tivemos que fazer alterações. Ficou uma troca tática apenas. — falou, complementando sobre as contratações:

Contratações

— Na esperança sim e na expectativa de que possa estar chegando, e acredito que deva estar chegando sim, atletas para encorpar e também para qualificar ainda mais nessa caminhada que temos, porque é uma caminhada difícil, uma sequência pesada. Aquilo que eu falei, nós estamos passando pelo segundo olho do furacão. Quando eu projetei lá em novembro na minha chegada essa periodização, nós sabíamos que teríamos esses dois períodos críticos antes de chegar na fase final da série D, que é a busca pelo acesso. Então nós sabíamos disso, passamos pelo primeiro, estamos passando pelo segundo, mas sem dúvida nenhuma, a direção, a SAF, o Marcelo (Sant’Ana, diretor executivo), tá muito imbuído para que se possa ir ao mercado e fazer contratações de reforços para qualificar ainda mais o elenco.

Mudança tática feita por Leandro Sena

— Nós víamos essa possibilidade, e o Leandro é um treinador matreiro, um treinador que fez um grande trabalho aqui e colocou seu nome na história do América. Não o conhecia pessoalmente, só havia estudado e acompanhado o trabalho dele. É um treinador que demonstra conhecimento tático, conceito de jogo, e hoje foi muito certeiro, muito assertivo na proposta de marcação. Tentamos inverter, mas também pesou a questão da viagem e dessa sequência de jogos. Depois tivemos que soltar o time, mas sabíamos que ele poderia vir com essa proposta. Não foi a questão da postura tática do Sousa, do que o Sena propôs. Acho que faltou um pouco mais de aproximação entre linhas, acreditar um pouco mais nessa última bola. O campo é muito pesado, parece que na TV o campo é perfeito, mas ele é muito irregular e também muito pesado. A bola não firma o passe, não acelera, e o jogo fica lento, amarrado, por questão do gramado. Por isso, no primeiro tempo não conseguimos chegar e entrar tanto na defesa adversária. No segundo tempo, sabíamos que o Sousa ia se lançar à frente e nos dar mais espaço, até por isso a entrada do Cauã, para dar velocidade, e a entrada do Henrique e do Giovani. O Gustavo Henrique acusou o cansaço do jogo, e tínhamos que colocar força e velocidade. Quase fomos felizes em duas ou três oportunidades de fazer o gol e decidir o jogo.

Sobre Henrique substituir um possível desfalque de Souza que também saiu machucado

— Tem que ter calma quando se fala de atleta. Eu sei que o Henrique é um talento, mas ele teve uma questão viral. No final do jogo aqui, no vestiário, ele estava estarrecido na maca, passando mal, devido à dificuldade desses atletas que tiveram esse quadro viral infeccioso. Por conta disso, a gente tem que ter calma. O Henrique é um atleta jovem que está passando por algumas situações pessoais que a gente tem que cuidar, não só da parte técnica e tática, mas também mental, da cabeça dele, terminar a formação dele. Mas é um atleta que tem muito talento. Volto a dizer, Deus me abençoou com muitos atletas passando pelas minhas mãos e eu conseguindo ajudar na revelação, para que esses atletas pudessem virar jogadores profissionais, ganhassem não só no âmbito nacional e internacional, mas também fossem ativos dos clubes pelos quais passei. É um legado que gosto de deixar nas equipes onde trabalho. O Henrique, sem dúvida, é uma pérola que estamos trabalhando e preparando. Assim como nós subimos o Fernando, que ainda tem muita coisa que precisa melhorar da parte tática. Ainda é uma pedra muito crua, uma joia bruta. Tem força, mas ele precisa ainda se adaptar ao profissional. É um talento que estamos trabalhando. Não podemos queimar etapas, porque já vi muito processo e também já cometi muitos erros de queimar jogadores vindos da base por acelerar processos. Então a experiência me mostra que o timing certo a gente vai colocando. Mas, sem dúvida, o Henrique, estando 100%, também vira uma opção não só por dentro como meia, nas extremas, do lado esquerdo e direito, que ele gosta de jogar. É um jogador de puro talento.

E o Souza, vamos aguardar. Realmente num choque que ele teve no final do primeiro tempo, ele sentiu uma dor no colateral. Na volta, a gente vai avaliar melhor e ver as possibilidades que temos, até mesmo dentro do elenco, ver se alguém do departamento médico também possa se encontrar em condições para a partida contra o Treze. Vamos estudar o Treze e tentar ser mais assertivos nas tomadas de decisões sobre os 11 que vão iniciar.

Sobre enfrentar o Treze, líder do grupo com cinco vitórias em cinco jogos

— Até falei com o Waguinho (Dias, técnico do Treze) em um dos primeiros jogos que ele assumiu, a gente conversou e parabenizo porque vinha de uma dificuldade, houve a troca e chegaram alguns atletas também. O Thiaguinho tá fazendo uma grande competição também, chegou o Wallace (Pernambucano, ex-América), e a gente tem estudado, tem acompanhado, é um time muito bem equilibrado taticamente, com a maneira já do Waguinho de jogar. A gente sabe que essa competição, é claro que é importante você começar na frente mas o mais importante da competição é você crescer durante a competição. Então a gente sabe da dificuldade que teremos lá no jogo em Campina Grande, uma equipe muito bem equilibrada, que tá motivada, que tá 100%. É a favorita hoje da chave, está sendo a favorita jogando nos seus domínios, e nós temos que equilibrar a nossa equipe, trabalhar com os pés no chão, com humildade, estudar bem para que se possa fazer um grande jogo e surpreender, quem sabe, o Treze lá em Campina Grande.

# Equipe J GP P
1 Treze 14 28 31
2 Iguatu 14 14 27
3 América 14 18 26
4 Atlético-CE 14 14 18
5 Sousa 14 12 18
6 Santa Cruz 14 17 16
7 Maracanã-CE 14 13 12
8 Potiguar 14 7 7